Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e
fitoterápicos: uma realidade
Patrícia Fernandes da Silveira,
Mary Anne Medeiros Bandeira,
Paulo Sérgio Dourado Arrais
Departamento de Farmácia, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará, 60430-160 Fortaleza-CE, Brasil.
- As plantas medicinais são utilizadas por automedicação e maior parte da população não conhece sobre seus efeitos tóxicos.
- Atualmente estão sendo incorporadas ao Programa de Fitoterapia por serem consideradas como uma fonte terapêutica eficaz e barata.
- Em países como Reino Unido e Alemanha, várias plantas medicinais foram submetidas à farmacovigilância e várias delas foram retiradas do mercado por possuírem alto efeito tóxico e portanto risco a saúde do ser humano.
- Segundo a OMS cerca de 80% da população, principalmente de países em desenvolvimento, fazem uso e acreditam nos benefícios das plantas medicinais para cura de suas doenças. Porém desconhecem seus efeitos adversos e perfil toxicológico.
- Mais de 5000 suspeitas intoxicações relacionadas ao uso de ervas foram informadas a OMS antes de 1996.
- No ano de 2002, 1728 casos de intoxicação humana por plantas medicinais foram registradas pelo SINITOX.
- O aumento do risco de toxicidade humana quando utilizado juntamente com medicina ortodoxa ocorre porque as plantas medicinais são utilizados em idades extremas, durante a gravidez e presença de doenças crônicas que interferem no metabolismo (Pinn, 2001).
- Em 2002, o FDA alertou sobre a ocorrência de 25 casos de toxicidade hepática na Alemanha e na Suíça relacionadas ao uso de cavalinha (Teucrium chamaedrys L..), confrei (Symphytum offi cinale L.), valeriana (Valeriana offi cinalis L.), escuteária chinesa (Scutellaria ser baicalensis Georgi), aloe vera (Aloe barbadensis Mill.).
- Observando-se o grande número de casos de intoxicações relacionadas à ingestão de plantas medicinais, pode se dizer que é necessária uma farmacovigilância ativa entre os profissionais de saúde.